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As Sopas do Espírito Santo, segundo Sofia Brum

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    observamais
  • 8 de jan. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de jan. de 2019

Falar de gastronomia dos Açores é obrigatório falar em Sopas do Espírito Santo. É um prato transversal a todas as ilhas, embora cada ilha, e até mesmo cada localidade, dê o seu toque especial.


As Sopas são o ponto alto das iguarias das festas do Espírito Santo, que tiveram como influência as dádivas de comida aos pobres feitos pela Rainha Santa Isabel nos séculos XIII e XIV.


Dada a devoção sentida na região, a festa em honra do divino Espírito Santo foi introduzida nos Açores pelos povoadores para proteger os habitantes dos desastres naturais, que muitas vezes assolam os que por cá vivem.


Embora sejam consumidas todo o ano, as Sopas de Espírito Santo são feitas tradicionalmente aos domingos, desde a altura da Páscoa até ao final de junho, época que termina as celebrações dos impérios do Divino Espírito Santo. Aliás, em cada freguesia em cada uma das 9 ilhas há pelos menos um império. Cada “Irmão” rotativamente, com a ajuda dos restantes, servem ao Divino Espírito Santo. Em cortejo levam a coroa à igreja, onde é celebrada a missa e coroado o mordomo e família, seguindo-se de novo em cortejo para o lugar onde será servido o almoço, sendo aí benzidas e oferecidas as esmolas aos pobres ou inocentes e servido um almoço aos convidados constituído por Sopas do Espírito Santo e Massa Sovada. Apesar do almoço ser para convidados, as portas estão sempre abertas a quem pedir um prato de sopas.


Mesmo divergindo de ilha para ilha, as Sopas do Espírito Santo têm sempre na sua base um caldo da cozedura de carnes, pão e hortelã, apresentando-se no final como uma açorda e são servidas com carne cozida. A carne assada e arroz doce fazem parte do ritual das chamadas Sopas.

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